O deputado federal eleito Tiririca (PR-SP), o mais votado do Brasil, com 1,3 milhão de votos, deve fazer hoje teste para comprovar à Justiça Eleitoral paulista que sabe ler e escrever.
Como o caso corre em segredo de Justiça, o exame deve ser feito a portas fechadas.
O juiz Aloísio Rezende Silveira, da 1 Zona Eleitoral, deve decidir como o teste será feito.
— Sugeri que houvesse um ditado de um trecho da Constituição Federal e a leitura de outro. Mas o juiz é que vai decidir, ele pode pegar qualquer livro e pedir para o Tiririca ler — disse o promotor eleitoral responsável pelo caso, Maurício Lopes.
Em sua defesa, Tiririca (Francisco Everardo Oliveira Silva) disse que teve a ajuda da mulher para fazer a declaração de próprio punho entregue à Justiça Eleitoral ao registrar a candidatura. Ele alegou problemas motores que o impedem de segurar uma caneta com firmeza.
Peritos consultados pelo Ministério Público apontaram “artificialismo gráfico” no documento.